A publicação do manifesto organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que estava programada para esta terça-feira (31), foi adiado para depois do feriado de 07 de setembro. O manifesto, assinado por diversas associações e entidades empresariais, pede a pacificação entre os Poderes diante da escalada das ameaças de ruptura declaradas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
E não é de hoje que a Fiesp se organiza para declarar seu posicionamento frente ao governo. Em 2016, a Fiesp foi protagonista do episódio dos patos amarelos, que ampliou o debate durante a campanha a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
As informações sobre o adiamento foram divulgadas pelo jornal O Globo a partir de declarações feitas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). De acordo com a matéria, a decisão de adiar a publicação ocorreu durante conversa entre Lira e Paulo Skaf, presidente da Fiesp e um dos principais idealizadores do documento.
Ainda segundo a reportagem, Lira disse não ter conhecimento dos termos do manifesto, mas assegurou que não haverá citação do nome do presidente Jair Bolsonaro e que a nota teria o propósito apaziguar o ambiente.
Mal-estar na Febraban
A notícia da publicação do manifesto, assinado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e mais 200 associações, abalou ainda mais as relações entre a Federação e Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Segundo informa o jornal O Globo, o desligamento da Febraban sempre foi um desejo do presidente da Caixa, que conta com a adesão do BB sob argumento de que o manifesto representaria a politização da entidade.
Além disso, os bancos públicos já teriam comunicado à Febraban a intenção de se desligarem da entidade. Contudo, a saída dos dois bancos é analisado com ressalvas por integrantes dos próprios bancos.
