Foto: Agência Brasil

Em meio a um momento de fortes tensões permeado especialmente por uma crise política e econômica, o presidente Jair messias Bolsonaro (sem partido), voltou a defender, na manhã desta sexta-feira (27), a compra de armas pela população e criticou aqueles que acham que “é melhor comprar feijão”.

A conversa aconteceu no Palácio da Alvorada, durante encontro com apoiadores. Na ocasião, o presidente foi questionado sobre novidade para os chamados “CACs” – caçadores, atiradores e colecionadores e disparou: “o CAC está podendo comprar fuzil. O CAC que é fazendeiro compra fuzil 762. Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Tem um idiota: ‘Ah, tem que comprar é feijão’. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar”.

Brasileiro enfrentam inflação

As declarações surgem em um momento delicado. O Brasil enfrenta um momento de forte inflação, puxada especialmente pela alta dos combustíveis e pela crise no setor energético. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registra uma alta de 8,99% no acumulado dos últimos 12 meses, maior percentual desde maio de 2016. Já a inflação para a alimentação em domicílio mais que dobrou entre os meses de junho e julho, passando de 0,33% para 0,78%. Em 2021, o IPCA acumula alta de 4,76%.

Tensões entre os poderes

Nas últimas semanas os brasileiros têm presenciado o acirramento das tensões entre o poder executivo e o judiciário. Iniciadas pela polêmica da implementação do voto impresso para as eleições de 2022, o clima de embate segue firme com a rejeição da proposta pelo congresso e pelo arquivamento do pedido de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, protocolado por Bolsonaro.  Paralelamente a isso, o presidente também vem causando polêmica ao atacar o inquérito das “fake news”, aberto em março de 2019, e que vem ganhando cada vez mais destaque desde que o chefe do Executivo passou a ser investigado pela divulgação de informações falsas, no início de agosto.

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